terça-feira, 15 de junho de 2010

Drogas - Catedral

Link para a música

Ter que se iludir ao se encontrar
Com mecanismos de uma bruta ilusão
E não sentir o que é real
O que é viver, o que é ser,
Se já não sente se ser
Drogado é ânsia de não ter querer
P'ra que fugir
Se os problemas
Sempre vão amanhecer com você
E não tem fim

Droga, de só querer usar mais drogas
Há tanta coisa pra saber,
São tantos rumos pra tomar,
São tantas provas pra vencer,
Mas como se você
Em uma seringa precisar se esconder
P'ra não enfrentar,
A covardia sempre vai te perturbar
Vai acabar com você.

Por Thuane Daébs

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ih, me deixe... o limite é meu.

Quando dizer qual é o limite? Aliás, quem pode afirmar, com segurança, até onde as drogas podem levar? Ninguém. É tudo na verdade um jogo de probabilidades e estatísticas. É importante conhecer a droga e seus efeitos, tanto os efeitos alucinógenos quanto os que incidem em sua saúde, no entanto, mais que isso, é necessário mesmo conhecer a si próprio. Somos todos cheios de particularidades, somos por inteiros uma impressão digital. Ninguém é capaz de definir por nós os nossos limites. Mas a linha que separa a razão da emoção é muito tênue, somos tão mutáveis que continua difícil saber definir quem somos e quais são os nossos limites. Nunca nos achamos frágeis o suficiente a ponto de evitar o prazer do delírio por apostar que nada de mau pode acontecer. Não se pode dizer quantas vezes são necessárias para se tornar dependente [física ou psicologicamente] daquela substância, nem dá para usar fulano ou beltrano como exemplo, é tudo na verdade um jogo de probabilidades e estatísticas, só se sabe arriscando. O preço que se paga pra descobrir qual o seu limite pode ser alto demais. Vai querer arriscar mesmo assim?

Por Thuane Daébs

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pais e Filhos



E
ssa música não é só mais uma poesia de Renato Russo, é uma inspiração e um lembrete de quem somos e o que importa no final de tudo: o amor. Somos um pontinho numa imensidão e ainda assim conseguimos fazer estragos no planeta, em nossas vidas e nas vidas de outras pessoas, geralmente na daquelas que nos amam. Nos fazemos sempre muitas perguntas, e se não estamos bem, queremos sempre encontrar um culpado e o nosso dedo tende a apontar para nossos pais. Passamos tanto tempo tentado provar de quem é a culpa disso ou daquilo que não paramos para pensar que a verdade não há e que é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Essa frase, quando cantada, parece bem mais fácil de por em pratica, mas sabemos que não é simples. O que é simples, afinal? Fugir talvez seja simples, fugir de casa, fugir dos problemas, fugir de si próprio. Mas a fuga não resolve, só leva seus problemas com você para outro lugar.
As vezes sentimos que não pertencemos a lugar nenhum, todos temos nossos milhões de conflitos internos, queremos razões, culpados, oportunidade, aceitação, vingança, atenção, até amor, mas esquecemos que precisamos mesmo é amar as pessoas como se não houvesse amanhã.

Por Thuane Daébs

segunda-feira, 24 de maio de 2010

E depois???

O que eu vou fazer com o remorso de ter feito a coisa errada... Poderia ter feito tanta coisa de ontem pra hoje, mas escolhi perder os sentidos de tanto beber...
Eu me lembro que cheguei num lindo lugar, havia uma praia com areia fina e branca, o cheiro de mar me enchia os pulmões de uma euforia que é difícil descrever. Uma sensação de que tudo vai dar certo, ou uma noção clara de que algo muito bom vai acontecer.
A água deste mar era cristalina e azul como a dos mares que só vemos nas fotos de revistas ou na internet. Lá havia também pessoas lindas, gente surfando com pranchas de todos os tamanhos e cores, gente com um “astral ótimo” garotas bonitas e rapazes jogando futebol na areia. O sol por sua vez fazia jus ao seu apelido de astro rei e brilhava lá no alto imponente.
Eu poderia ter aberto uma cadeira de praia oferecida pelos comerciantes locais, sentado e ficado a tarde inteira conversando com os amigos e apreciando o vai-e-vem do mar com suas ondas de espuma branquinha, ao som da música que saía dos alto-falantes instalados na praia, eu poderia ter ido para as piscinas que se formavam nos arrecifes próximos e me refrescar, eu poderia ter tomado somente a água de coco, a mais doce que eu já experimentei, eu poderia ter ido brincar na areia junto com os outros...
O meu problema é que eu achava que já sabia o limite, que já tinha vencido essa coisa de dependência, afinal eu estava há meses sem beber nada.
Na verdade depois de não sei quantas cervejas, não achei suficiente e comecei a pedir coisas mais fortes para beber...
Tudo que eu sei agora é que minha roupa tem cheiro de vômito de vodka, eu acordei hoje com uma terrível dor de cabeça, e todos da minha casa, até as crianças, me olham com um olhar que eu conheço bem... Um misto de decepção, raiva, tristeza, pena.
E depois de ontem, o que será daqui pra frente?

Por Ruth de Sousa
Não é dependente, pelo menos não de drogas e álcool.
É de música e faz trabalhos voluntários com drogadictos há 15 anos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sacrifício vivo e racional

Romanos
Capítulo 12; versículos 1-3

No texto, existem, por parte do apóstolo Paulo, três situações que valem a pena refletir:
A primeira situação é a preocupação dele com os cristãos romanos, que, do ponto de vista dele, estavam cultuando ao Senhor sem compromisso, achando que sacrificando animais ou a si mesmo, era o suficiente para agradar a Deus.
Então o apóstolo Paulo faz um pedido veemente: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável que é o vosso culto racional. Deus quer que o sirvamos de maneira inteligente, tendo consciência do que fazemos, qual o motivo e para quem o fazemos.
A segunda situação que encontramos no texto é uma ordem do apóstolo Paulo. “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”.
É muito fácil acompanhar o curso deste mundo, fazer o que as pessoas querem, o que a mídia ensina, o que a moda manda, difícil é ter personalidade para andar na contra mão deste século e assumir o ônus dessa transformação.
A transformação aqui proposta (não mera metamorfose, pois metamorfose é só mudança de forma) é bem mais abrangente, é metanóia, mudança de mente, mudança de entendimento e isso é difícil, você viveu uma vida pensando uma coisa e, de repente, descobre que estava errado, tem que mudar. Esta é a proposta.
Imagine, alguém que viveu no “mundão”, dono do próprio nariz, fazendo o que bem queria e um dia ouve falar de Jesus e entende que tudo que fazia antes estava errado, mas era gostoso, satisfazia a carne. Como mudar? Logo se pensa: o que as pessoas vão dizer? E meus amigos, o que eles vão falar de mim? As garotas ou os rapazes, o que vão pensar? A proposta sugerida não é mudança de forma, não é mudar o modo de vestir, nem de andar, nem mesmo de falar, e sim é modo de pensar, agora que se conhece Jesus, tem que pensar diferente de quando você estava no "mundo".
A terceira e ultima situação que temos aqui é a recompensa que haveremos de herdar. Aí sim experimentaremos, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Para isso precisamos mudar o nosso modo de cultuar a Deus e o nosso modo de pensar a respeito d’Ele.

Que Deus nos abençoe.

Por Ananias Daébs

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Drogas - o anjo caído

O ser humano é fissurado pela idéia de liberdade, mesmo sem conseguir entendê-la ou defini-la. A liberdade é às vezes ignorar o limite, é o rompimento de um paradigma, a conquista de um desejo “impossível”, ou pode simplesmente ser o abraçar, o despir, o cantar ou ainda ser vendida com o nome de carro, casa, viagens ou drogas... Qualquer coisa que nos leve para outro lugar. Estar onde estamos nunca parece bom o bastante e nem sempre o é, de fato. Para livrar-se do labirinto, Ícaro, da mitologia grega, usou as asas de cera e pena para voar. E voou. Voou sob o aviso de que não poderia chegar perto do sol, mas ele ignorou. Sair do labirinto já não era o suficiente, Ícaro entusiasmou-se e quis voar cada vez mais alto, até que suas asas derreteram e ele caiu no mar. Saiu de um problema para se afundar em outro. Querer voar para longe, desejar a liberdade não é o problema, mas como alcançá-la pode ser. As drogas parecem levar a algum lugar cuja sensação seja também de entusiasmo. No entanto, elas te fazem afundar sem que você sequer tenha saído do labirinto.

Por Thuane Daébs